sábado, 18 de junho de 2011


                                       
Conferência inaugural do IX Encontro nacional de Educação de Jovens e Adultos - ENEJA, realizado em setembro de 2007, em Curitiba-Faxinal do Céu/PR. Texto l Slides Autoria: Maria Margarida Machado - UFG.
                 SIMONE AIRES

Alunos do EJA fazem poesia coletiva.

Cerca de 26 alunos do Programa EJA (Educação de Jovens e Adultos) que estão cursando o Termo II (3ª e 4ª séries do Ensino Fundamental), na turma B, desenvolveram no início deste mês uma atividade de reflexão em sala de aula. Como produto desse aprendizado, eles fizeram uma poesia em conjunto.
A reflexão foi proposta pela professora Nilva Aparecida Pizólio, que a partir da leitura da poesia “Quem tem medo de dizer não” da autora Ruth Rocha, elaborou um trabalho coletivo, no qual os alunos iam contando suas experiências de vida diante de algumas respostas e suas conseqüências.
“A partir da poesia, eles refletiram sobre a importância de dizer ‘sim’ e ‘não’ no momento oportuno. Contaram situações vividas em que se arrependeram de dizer ‘sim’ e outras em que o ‘não’ resolveu muitos problemas”, contou a professora.
Segundo explicou a coordenadora do EJA, Suzana Palmira Ferracine Escardoveli, com base na poesia estudada e nas experiências contadas pelos alunos, a classe decidiu então fazer o seu próprio poema: “Dizer sim, dizer não...”.

Questões sociais:
Suzana destaca que a poesia elaborada pelos alunos enfoca a realidade do povo brasileiro e aborda algumas questões sociais que geram polêmicas como a política, corrupção, tráfico de drogas, religião e família.
Conforme conta a coordenadora, a experiência como poetas não parou na sala de aula. O aluno Jair Ferreira Brito se inspirou no poema coletivo e resolveu fazer um por conta própria, que recebeu o nome de “Oportunidade???”.
“Como percebemos que os alunos gostaram muito dessa atividade e a partir daí começaram a produzir diversos poemas, resolvemos criar um livro com todas as poesias feitas por eles. O livro será feito no final do ano letivo com participação de todos”, adianta a coordenadora Suzana Escardoveli.

Confira as poesias feitas pelos alunos do EJA:

Dizer sim, dizer não...

Muitos brasileiros na Eleição

Tem medo de dizer não
São enganados pelos políticos
E depois vem a corrupção
Se todos pensassem bem
Não existiria político ladrão.

O que pensam os jovens de hoje
Que não sabem para as drogas
Dizer simplesmente não
Seria tudo diferente
Se cada um tivesse religião
Do contrário, o fim é trágico
Podendo acabar numa prisão.

Hoje em dia está difícil
Educar dizendo não
Especialmente entre as famílias
Onde há separação
Pai e mãe, cada uma para um lado
E filhos amargurados.

Como seria bom,
Se em toda família
Existisse união.

(Poesia Coletiva - Termo II-Turma B)


Oportunidade???


Estou vendo a nossa Nação
se perdendo para as coisas
ruins da vida: bebidas,
drogas, roubos e prostituição.
Espero que nossas autoridades
entendam a falta de oportunidade
das pessoas, principalmente nas cidades.
Espero que nossos parlamentares
Presidente, prefeito e vereadores
aos jovens dêem a oportunidades
para tirá-los do mundo do crime
e da marginalidade.

(autor: Jair Ferreira Brito)


http://www.penapolis.sp.gov.br/template.php?pagina=neocast/read.php&id=385&page=505&section=1

Letícia Rocha

Alunos da EJA método Paulo Freire

Letícia Rocha

segunda-feira, 13 de junho de 2011

LIVROS PAULO FREIRE DIGITALIZADOS

http://forumeja.org.br/livrospaulofreire

Neste Link encontramos diversas obras de Paulo Freire digitalizadas que podemos ter acesso. Dentre as obras PEDAGOGIA DA AUTONOMIA, PEDAGOGIA DO OPRIMIDO, A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER, EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DA LIBERDADE, AÇÃO CULTURAL PARA A LIBERDADE, EXTENSÃO OU COMUNICAÇÃO, MEDO E OUSADIA e PROFESSORA SIM, TIA NÃO.

Aproveitem é só clicar e conferir!

ALINE MELLO

CIDADÃO NOTA DEZ - EXPERIÊNCIA FORMAÇÃO DE PROFESSORES EJA


ALINE MELLO

REVISTA PARA EJA - EDUCAR

http://issuu.com/mariananiederauer/docs/revista_educar

Aqui posto um link de uma revista com relatos da EJA, ações de deram certo, problemáticas...
REVISTA EDUCAR!

ALINE MELLO

SETE LIÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO DE ADULTOS - ÁLVARO VIEIRA PINTO

Neste livro realizado por Álvaro Vieira Pinto enquanto estava exilado  no Chile traça importantes considerações sobre o ensino da Educação de Jovens e Adultos. Segundo o mesmo
                                            O caminho que o professor escolher para aprender foi ensinar. No ato 
                                            do  ensino ele se defronta com as verdadeiras dificuldades, obstáculos reais,
                                            concretos, que precisa superar. Nessa situação ele aprende. (2001, p. 21)
1ª LIÇÃO CONCEITO DE EDUCAÇÃO:
Educação com espaço restrito e amplo. É o processo pelo qual a sociedade forma seus membros à sua imagem e em função de seus interesses. Compreende educação como processo, fato existencial, fato social, fenômeno cultural, educação como privilégio, fundamento, atividade teológica, trabalho social, ordem consciente, processo exponencial, concreta, contraditória.

2ª LIÇÃO FORMA E CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO:
Conteúdo ingênuo definido como totalidade dos conhecimentos que se transmitem do professor ao aluno. Disciplinas, currículo do curso, aquele que enche as lições e são objeto da aprendizagem.
Questões primordiais: A QUEM EDUCAR? QUEM EDUCAR? COM QUE FINS? COM QUE MEIOS?

3ª LIÇÃO AS CONCEPÇÕES INGÊNUA E CRÍTICA DA EDUCAÇÃO:
Consciência Ingênua não inclui em sua representação da realidade exterior e de si mesma a compreensão das condições e determinantes que a fazem pensar tal como pensa.
Consciência Crítica representação mental do mundo exterior e de si, acompanhada da clara percepção dos condicionamentos objetivos que a fazem ter tal representação.

4ª LIÇÃO EDUCAÇÃO INFANTIL E EDUCAÇÃO DE ADULTOS:
Diferem em vários pontos seja na continuidade de formação dos indíviduos; capacidade do adulto trabalhar; grau de desenvolvimento fisiologico e psicológico do homem; o pensar em concreto; noção de escola; alfabetização do adulto como processo pedagógico qualitativamente; métodos, técnicas, motivos, interesses que a sociedade tem com o educando; aquilo que o educando sabe;

5ª LIÇÃO ESTUDO PARTICULAR DO PROBLEMA DA EDUCAÇÃO DE ADULTOS
A realidade social do adulto, sua qualidade de trabalhador e o conjunto de conhecimentos básicos que pressupõe. O adulto é o homem na fase mais rica de sua existência (2001, p. 79) É urgente encarar o adulto como sabedor, perceber que o desenvolvimento fundamental do homem é de natureza social, perceber a evolução de suas faculdades, reconhecer o adulto como membro atuante e pensante de sua comunidade.

6ª LIÇÃO O PROBLEMA DA ALFABETIZAÇÃO
Não devemos conceber o aluno analfabeto como apenas aquele que não sabe ler. Mas sim aquele que por suas condições de existência não necessitou ler. É preciso produzir mudanças na consciência do educando e ver o analfabeto como ser humano, não pela perspectiva do analfabetismo e sim pela constituição do sujeito.

7ª LIÇÃO A FORMAÇÃO DO EDUCADOR
Pela concepção ingênua acredita-se que o esforço principal da educação deve consistir em retirar o aluno e principalmente o aluno que se prepara para ser professor, das influências do meio e capacita-lo somente para a instução técnica e desempenho de funções. Pela concepção crítica sabe-se que não haverá verdadeira função do professor senão mediante a intensificação das influências sociais e a compreensão cada vez mais clara que o educador tenha de que sua atividade é social. Influir sobre os acontecimentos em curso no seu meio e só pode ser valiosa se ele admite ser conscientemente participante desses acontecimentos. Cada educador tem o seu papel ditado pela sociedade. O educador deve compreender que a foente de sua aprendizagem, de sua formação, é sempre a sociedade. O educador na EJA precisa ser crítico e acompanhar a marcha das transformações.
É importante ter sensibilidade aos estíumlos intelectuais, mas é sobretudo a consciência de sua natureza inconclusa como sabedor. Conservar fiel às inspirações de seu povo.
                                                 [...] no processo de educação não há uma desigualdade essencial entre dois
                                                 seres, mais um encontro amistoso pelo qual um e outro se educam
                                                 reciprocamente. (2001,118)
                                                                                                                        ALINE MELLO